Com que autorização tornei-me um corsário de mim? Corsário que saqueia os tesouros que sempre guardei e que, por maldade, os escondeu por caminhos que ele terá dificuldade de voltar caso deseje reparar os seus erros.
Mas e os desenhos do mapa? Ele não gosta de desenhar, também escondeu sua criança!
Saqueei-me também por ver no outro lindas arcas e esvaziei-me de tesouros depositando-os lá. Mas só o outro é o detentor da chave da sua própria arca!
No entanto não posso negar que levado pelo meu corsário, também fiz lindas viagens e o encanto da novidade era tão lindo e arrebatador que me esqueci de olhar para trás para decorar a rota em que seguia.
A verdade é que sempre desconfiei dos meus tesouros...dizia que havia ouro em mim quando na verdade eu enxergava latão e a arca do outro sempre foi a minha esperança alquimista.
Hoje não sei mais exatamente onde estou, olho para traz e o mar já dissipou a espuma que me diria qual a trilha de casa. Mas agora fecho os olhos e tento encontrar a minha bússola...na mão tenho um anel de aço inoxidável de 4 reais.
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