domingo, 6 de julho de 2008



Sem Personagem...

Adoro a vida, mas não o suficiente para não perder a paciência com ela.
Não tenho muito talento para ela...mas a vida é tão sem novidade.
Tô só. Sempre estou só.
Não quero mais nada. Não ter corpo, não ter individualidade, não existir. Ser apenas algo em meio a tudo, não ser coisa alguma. Sem especificidade, sem nada que me faça ser notado, não querer nada para não ter espectativas.
Ah, a leveza de não ser nada, ser vácuo, não ser nem vácuo.
Nesse instante tenho o inédito desejo de não querer ser melhor que ninguém, não quero ser foco, não quero ser especial, não me interessa os meus cabelos que caem, se minha barriga está plástica, se tenho talento, se vou ser famoso...se quero alguma coisa será o não ser. Tô cansado.
Agora estou comigo. Há muito tempo não me via assim. Tô me lixando para os amigos, para os amores, para os sonhos, para Deus, para qualquer coisa.
Quero tanto o silencio, o não ser que não vou mais escrever.
05.07.08 - 12:17am

Um comentário:

Maick Barreto disse...

Bruno,
não se pode não ser.
A possibilidade de não ser implica ser alguma coisa.
Ser nada jé é ser em seu estado primeiro de possibilidade.
Seja lá o que for é só passagem.